Presidente do Comitê Bancário do Senado dos EUA prevê votação sobre projeto de lei do mercado cripto no próximo mês

O presidente do Comitê Bancário do Senado dos EUA, Tim Scott, disse na terça-feira que pretende que o comitê vote o projeto de lei sobre a estrutura do mercado de criptoativos no próximo mês.

"Até o final deste ano, no próximo mês, acreditamos que podemos marcar e votar em ambos os comitês e levar isso ao plenário do Senado no início do próximo ano para que o Presidente Trump assine a legislação", disse Scott na terça-feira no programa Mornings with Maria da Fox Business.

A legislação sobre a estrutura do mercado exige aprovação tanto do Comitê Bancário quanto do Comitê de Agricultura do Senado, pois trata de regulamentações de valores mobiliários e de commodities.

Scott afirmou que a legislação protegeria os consumidores enquanto ajudaria a consolidar a dominância dos Estados Unidos como a economia mais poderosa do mundo para o próximo século. O senador republicano tentou, sem sucesso, aprovar o projeto até setembro deste ano, responsabilizando os democratas pelo atraso.

"Os democratas têm adiado e adiado porque não querem que o Presidente Trump faça dos Estados Unidos a capital mundial das criptomoedas", disse Scott na terça-feira na Fox Business. "Não é apenas para o Presidente Trump, é para o povo americano."

O Senado tem trabalhado em sua própria legislação sobre a estrutura do mercado de criptoativos após a Câmara ter aprovado sua versão — o CLARITY Act — neste verão. 

O Comitê Bancário do Senado, liderado pelos republicanos, busca delimitar a jurisdição entre a Securities and Exchange Commission (SEC) e a Commodity Futures Trading Commission (CFTC), ao mesmo tempo em que cria um novo termo para "ancillary assets" para esclarecer quais criptomoedas não são valores mobiliários. Os republicanos precisariam do apoio dos democratas para avançar com o projeto. 

Em meio às discussões bipartidárias em andamento sobre a legislação, uma proposta dos democratas do Senado foi vazada. A proposta de seis páginas focava em finanças descentralizadas e incumbiria o Departamento do Tesouro e outros reguladores financeiros de definir quando uma entidade ou pessoa "exerce controle ou influência suficiente". Este rascunho recebeu fortes críticas de muitos no setor de criptoativos, com alguns argumentando que isso equivaleria, na prática, a banir o DeFi. 

Após o incidente, tanto os democratas quanto os republicanos do Senado realizaram reuniões separadas com líderes do setor. Kristin Smith, presidente do Solana Policy Institute, que esteve presente na reunião dos democratas, disse ao The Block que há um grupo de senadores democratas que querem "resolver isso".