ETF à vista de Solana da Bitwise atrai US$ 69,5 milhões na estreia, enquanto novos fundos de HBAR e Litecoin não registram fluxos

O novo fundo negociado em bolsa (ETF) de Solana à vista dos EUA da Bitwise, o BSOL, registrou entradas líquidas de US$ 69,5 milhões em seu lançamento na terça-feira, de acordo com dados da Farside e SoSoValue, marcando o primeiro ETF de Solana à vista dos EUA com 100% de exposição direta ao SOL.

Incluindo US$ 222,9 milhões em capital semente, o patrimônio líquido total do fundo atingiu US$ 292,4 milhões após o primeiro dia. Para comparação, o BITB da Bitwise também registrou as maiores entradas no primeiro dia entre os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA em janeiro de 2024, com US$ 237,9 milhões, enquanto o ETHA da BlackRock teve as maiores entradas em ETFs de Ethereum à vista dos EUA em seu lançamento, com US$ 266,5 milhões, em julho seguinte.

O BSOL atingiu US$ 10 milhões em volume de negociação na primeira hora de negociação, chegando a gerar US$ 57,9 milhões em volume no dia — o maior de qualquer lançamento de ETF este ano, observou Eric Balchunas, Analista Sênior de ETF da Bloomberg, no X.

"E o que é impressionante é que ele foi lançado com US$ 220 milhões em capital semente. Poderia ter investido o capital semente no primeiro dia, o que resultaria em cerca de US$ 280 milhões, superando até mesmo o lançamento do ETHA. Um começo forte de qualquer forma", disse Balchunas.

As entradas em ETFs medem o novo dinheiro entrando no fundo, enquanto o volume de negociação mede quantas cotas são compradas e vendidas no mercado — portanto, as entradas podem ser maiores quando grandes novas cotas são criadas, mas poucos investidores as negociam posteriormente.

Em julho, a REX-Osprey lançou o primeiro ETF dos EUA oferecendo exposição ao SOL com recompensas nativas de staking, o SSK, sob o Investment Company Act de 1940, em vez da rota mais comum do Securities Act de 1933 usada pelo BSOL e pelos ETFs à vista de Bitcoin e Ethereum. Embora o SSK não seja um ETF à vista padrão sob o Act de 1933, o fundo detém SOL real — pelo menos 50% diretamente em staking — com o restante alocado em veículos de staking, como produtos negociados em bolsa e tokens de staking líquido. O SSK atraiu US$ 11,4 milhões em entradas em seu lançamento, alcançando entradas acumuladas de US$ 413,6 milhões desde então.

Durante o shutdown do governo dos EUA, a SEC permitiu que emissores de ETFs avançassem sem revisão direta da equipe, arquivando declarações finais de registro S-1 sem uma emenda de adiamento, que se tornam automaticamente efetivas após 20 dias, submetendo um Formulário 8-A para registrar cotas para negociação e contando com novos padrões genéricos de listagem aprovados para cotas de trusts baseados em commodities. Essas mudanças processuais permitiram lançamentos como o ETF de Solana BSOL da Bitwise, mesmo com operações limitadas da SEC.

"Solana está entrando no mainstream — e achamos que isso é só o começo", disse a Bitwise na segunda-feira, confirmando o lançamento na terça-feira.

O novo ETF de Solana à vista da Grayscale, o GSOL, deve ser lançado na quarta-feira.

ETFs de HBAR e Litecoin não registram entradas no primeiro dia

A Canary Capital também lançou na terça-feira os primeiros ETFs à vista de HBAR (HBR) e Litecoin (LTCC) dos EUA, seguindo o mesmo procedimento do BSOL da Bitwise. No entanto, ambos os fundos não registraram entradas no dia, segundo a SoSoValue, apesar de gerarem volumes de negociação de US$ 8,6 milhões e US$ 1,4 milhão, respectivamente.

O analista de ETF da Bloomberg, James Seyffart, explicou anteriormente que cotas de ETF são criadas ou resgatadas em grandes unidades apenas quando há um desequilíbrio significativo entre oferta e demanda — por isso é comum ver dias com entradas relatadas como zero.

Enquanto isso, os ETFs à vista de Bitcoin e Ethereum dos EUA registraram entradas de US$ 202,4 milhões e US$ 246 milhões, respectivamente, na terça-feira, de acordo com dados compilados pelo The Block.

"Em 2025, os ETFs de BTC registraram entradas líquidas de US$ 26,9 bilhões, mas excluindo a BlackRock, na verdade tiveram saídas de US$ 1,3 bilhão", disse Vetle Lunde, chefe de pesquisa da K33, em um relatório na terça-feira. "Parte do domínio do IBIT decorre de sua liquidez e escala agora dominantes, mas a reputação da BlackRock provavelmente é um fator adicional que contribui para atrair capital."

"A BlackRock está ausente dos próximos ETFs de altcoins, o que pode limitar as entradas totais, ao mesmo tempo em que abre competição para outros emissores atraírem entradas e garantirem a dominância do ETF de SOL", continuou. "Com base em fortes entradas nos ETFs alavancados existentes, esperamos que os ETFs de SOL atraiam a maior demanda, enquanto altcoins mais obscuras devem enfrentar interesse limitado."