Bitcoin cai para US$ 103.000: por que analistas temem US$ 92.000

Desde o crash de 11 de outubro, o bitcoin está sob pressão. Cada recuperação é desacelerada, cada suporte técnico vacila. Atualmente em $103.807, o BTC parece estar por um fio. Devemos esperar uma nova queda ou acreditar em uma reversão de tendência? A indústria cripto joga cara ou coroa. O contexto é tenso, a psicologia instável e as previsões oscilam entre resiliência e abismo.

Bitcoin sem rede: a queda para $103.000 acelera

O preço do bitcoin caiu para $103.732 na Bitstamp. O patamar simbólico de $104.000 não se sustentou. A pressão vendedora voltou, sem sinal de recuperação clara. O analista Daan Crypto Trades resume: “O principal suporte do $BTC, que havia sustentado o preço por várias semanas, foi perdido. O preço agora se aproxima do fundo da zona, onde havia formado sua primeira mínima mais alta após o rebote que seguiu o evento de liquidação de 10 de outubro.“

Do ponto de vista técnico, os sinais são desanimadores. A média móvel exponencial de 50 semanas está ameaçada. O retorno à zona de $103.000 preocupa. Ardi, outro trader, observa que o pavio de 10/10 está sendo preenchido, o que nunca é um bom sinal.

Mas o que impulsiona essa espiral também são os fundamentos enfraquecidos. Os mercados de ações vacilam, o dólar se valoriza e a comunidade cripto duvida. O mercado de BTC parece estar buscando um piso, mas não há garantia de que o encontrou.

Série de capitulações: rumo ao famoso gap de $92.000?

O patamar de $100.000 agora é frágil. Para alguns analistas, ele apenas retarda o inevitável. Ted Pillows alerta:

Se o Bitcoin perder a zona dos $100.000, espere uma correção em direção ao nível de $92.000, onde há um gap da CME.

Esse famoso “gap da CME” em torno de $92.000 é um nível técnico ainda não preenchido. Em ciclos anteriores, gaps costumam ser revisitados. Para os traders, essa zona age como um ímã. Uma correção para esse nível não é apenas um cenário pessimista, mas uma probabilidade cada vez mais discutida.

Ao mesmo tempo, pequenos detentores, ou Short-Term Holders (STH), mostram sinais de capitulação. O indicador NUPL está em -0,058. Segundo a Glassnode, essa métrica indica uma zona de estresse histórico: esses níveis frequentemente precederam pontos de acumulação. Mas é preciso resistir à tempestade.

A tensão não poupa outras criptos. Ether recua, altcoins geralmente caem ainda mais. Todo o mercado cripto segue as oscilações do bitcoin, e o vento sopra em rajadas.

Cripto sob tensão: macro, altcoins e cinco fatos-chave para lembrar

A pressão não vem apenas dos candles japoneses. O ambiente macroeconômico trabalha contra o mercado cripto. O dólar se fortalece, as bolsas corrigem e a aversão ao risco aumenta. Nesse contexto, qualquer fissura vira um abismo.

O comportamento das baleias intensifica esse cenário: elas estão vendendo em massa. Isso adiciona peso aos preços, encurta os rebotes e empurra os mais impacientes a realizarem prejuízos. No X, traders recuam. Muitos aguardam um sinal de força para voltar, mas o momento ainda não chegou.

A desconfiança também atinge as altcoins. Muitas vezes mais voláteis, elas amplificam os movimentos do bitcoin. O resultado: carteiras em apuros e uma estratégia defensiva generalizada.

Pontos-chave para lembrar

• Preço atual do bitcoin: $103.807;
• Zona visada pelo gap da CME: em torno de $92.000;
• Indicador NUPL (STH): -0,058;
• Suporte da EMA de 50 semanas: em torno de $102.000;
• Vendas massivas de baleias identificadas nos últimos dias.

Não importa a tempestade, alguns enxergam uma oportunidade disfarçada. Apesar da volatilidade do mercado cripto, o impulso de alta pode renascer. Vários analistas já oferecem uma lista das 7 criptos mais promissoras para o próximo bull run. Em outras palavras, nem tudo está perdido: a calmaria pode vir após a tempestade.